Dark Fantasy definida!

Lucas “Havoc” Suzigan
4 min readSep 5, 2023

Publicado originalmente em 5 de agosto de 2019 por Kimberly Miller

Paisagens lindas, mas sinistras, podem ser encontradas em quase todas as “dark fantasies”.

Dark Fantasy” definida…

O gênero de escrita de fantasia está cheio de subgêneros e, honestamente, todos eles são considerados intercambiáveis. Tomemos por exemplo a “fantasia sombria”, que muitas vezes é confundida com horror, embora seja certamente uma categoria própria. Portanto, ao categorizar um romance, preste muita atenção não apenas aos elementos das páginas, mas também à intenção do escritor. “Fantasia sombria” é um tipo de fantasia que parece escapar à definição exata e quando a própria frase surgiu, muito menos quem inventou o termo. A melhor forma de definir esse gênero (que adoro) é uma obra alojada na fantasia com um toque de alguns motivos de horror muito comuns. Muitas vezes, qualquer romance com lobisomens ou vampiros fica nas prateleiras de “fantasia sombria”. Outra delimitação clara entre o mundo da fantasia e a “fantasia sombria” é que na fantasia você tem principalmente algum herói corajoso lutando para salvar um reino ou a princesa, na fantasia sombria o personagem principal muitas vezes não está apenas fazendo loucuras lutando contra uma luta interna por sua sanidade. Na fantasia, especialmente na alta fantasia, muitas vezes há aquele elemento do felizes para sempre ou do bem versus mal crônico, enquanto na “fantasia sombria” você pode não ter uma linha clara desenhada na areia sobre o que é bom e o que é mau. O final também às vezes pode ser deixado para a decisão do leitor/espectador sobre se era ou não um cenário clássico de “felizes para sempre”.

A literatura tem utilizado “dark fantasy” há séculos.

Elementos a serem considerados ao olhar para “dark fantasy”…

  1. O tema abrangente é uma luta contra o “fim do mundo”, seja o dos personagens ou do mundo real.
  2. O personagem também pode ter uma luta interna com sua moral ou simplesmente com sua sanidade.
  3. Como afirmei acima, muitas vezes falta-lhes aquele “felizes para sempre” com o qual estamos tão familiarizados na fantasia.
  4. A história se passa no mundo da fantasia, mas se envolveu no mundo do mito, da lenda ou do sobrenatural (às vezes todos os três).
  5. Ocasionalmente, o escritor usará esses recursos de enredo para levar o leitor/espectador a questionar sua própria sanidade. Eles são reais ou está tudo na mente dos personagens?

Todos esses são ótimos elementos para construir uma história de “fantasia sombria”, mas vamos falar sobre esse gene na literatura e no cinema.

Dark fantasy” na literatura…

Dark fantasy”, se olharmos para os elementos acima e a definição, existe desde pelo menos 1800. Basta olhar para os romances que você deve ter lido, como os clássicos “Frankenstein” de Mary Shelley, “Drácula” de Bram Stokers e até mesmo as obras de um dos meus autores favoritos de todos os tempos, Edgar Allan Poe. Até hoje, escritores como Steven King e Clive Barker (uma biografia dele será lançada em breve), entre muitos outros, se envolvem em “dark fantasy”. Há, é claro, alguns que dançam à beira de cair nesta categoria como qualquer um dos “romances de Shannara” de Terry Brooks, mas, como de costume, essa é apenas a minha opinião.

Até Hollywood entrou no jogo da “dark fantasy”.

Mas e a “dark fantasy” no cinema…

Além do fato de muitas dessas peças de literatura, como “Frankenstein” e “Drácula” terem chegado às telonas, o gênero em si encontrou um pequeno lar agradável no cinema e na televisão. Filmes como “Anjos da Noite — Underworld”, “Edward Mãos de Tesoura” e “Legend (1985) [A Lenda]” brincam com esses elementos sombrios e também com o fantástico, ao mesmo tempo que abrigam a história central do mundo moderno, trazendo-os para o mundo do “realismo mágico”.

Não creio que este gênero hipersaturado desapareça tão cedo. A população humana está fascinada com os mundos sombrios e sobrenaturais em que vivem todas estas peças de arte. Embora com o tempo a onda da “dark fantasy” possa diminuir, ela sempre retornará à popularidade, como acontece com todas as coisas na área criativa, mas você adivinhou, essa é apenas a minha opinião geek.

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Lucas “Havoc” Suzigan

Escritor, historiador, RPGista. Sonhador na essência e antifascista por opção.